A ovinocultura leiteira de Santa Catarina deu mais um importante passo no sentido de tornar-se uma alternativa viável à economia do estado no setor primário catarinense. O Centro de Treinamento de São Miguel do Oeste (Cetresmo) recebeu, no dia 7 de novembro, 30 fêmeas e um macho da raça Lacaune, ovinos apropriados para a produção de leite.

Esta aquisição completa uma série de etapas do projeto “Pesquisa e Difusão de Tecnologia em Ovinocultura Leiteira em Santa Catarina”, no qual a Epagri emprega recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), para realizar pesquisa e extensão rural na atividade de ovinocultura leiteira.

“As pesquisas serão realizadas na Estação Experimental da Epagri de Lages (EEL), a qual repassará as informações ao Cetresmo, que as transmitirá aos agricultores interessados em trabalhar com a atividade”, informa o extensionista da Epagri de São Miguel do Oeste, Jaime Alcir Vieira Prestes.

Em São Miguel do Oeste já foram investidos R$ 165 mil em instalações, animais e equipamentos para que o Cetresmo torne-se referência na região em difusão de tecnologias para a exploração da ovinocultura leiteira. Do valor investido, R$ 153 mil são oriundos da Fapesc e a Epagri empregou R$ 12 mil com recursos próprios.

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, através da Epagri, e demais instituições parceiras colocam à disposição dos agricultores esta importante atividade da ovinocultura leiteira, como uma alternativa de renda complementar àquelas já praticadas nas propriedades rurais.

No Estado, segundo a Gerência Regional da Epagri de São Miguel do Oeste, a produção de leite de ovelha e seus derivados já é uma realidade, pois já conta-se com um plantel de aproximadamente 3 mil ovinos com aptidão leiteira e 1.200 destes já em produção. Atualmente estão sendo produzidos queijos, iogurte e até mesmo sorvete derivados de leite de ovelha no Oeste Catarinense.